Quando você vai ao supermercado e entra na seção de óleos e azeites, vem sempre uma pergunta na cabeça: como escolher o melhor azeite?
Vamos começar pela definição desse produto tão apreciado:
Azeite: suco de azeitonas feito de forma prensada, sem interferência de aditivos ou conservantes – diferentemente de outros óleos comestíveis.
O azeite é um produto puro, que preserva os nutrientes e as características de aroma e sabor. Usado como tempero, o azeite torna a comida mais gostosa, realça e complementa o paladar dos alimentos e, ainda, gera benefícios para a saúde.
Em outras palavras: ele é tudo de bom!
Por isso, a gente apresenta algumas dicas de como escolher o melhor azeite e harmonizá-lo com alguns pratos.
Os azeites se dividem em três tipos principais, classificados com base na forma como são produzidos e na sua acidez.
Aliás, é importante esclarecer um ponto que costuma gerar dúvidas: o nível de acidez informado no rótulo não tem nenhuma relação com o sabor.
A acidez é um parâmetro químico, medido em laboratório –, não dá para sentir na boca. Ele se refere à quantidade de ácidos graxos livres, indicando o grau de deterioração do azeite.
É o mais saudável – e geralmente de maior custo. É resultado da primeira prensagem a frio das azeitonas. Apresenta acidez inferior a 0,8%, mantendo ao máximo a pureza de gosto, aroma, antioxidantes e outros nutrientes. Deve ser usado frio, para finalização de pratos como saladas, massas e pizzas.
Mas atenção: nem sempre o mais caro é o melhor.
Se não tiver sido bem cuidado no transporte e armazenamento, por exemplo, já terá perdido não só suas qualidades gastronômicas, mas também parte dos benefícios que traz para a saúde. Falaremos mais sobre isso daqui a pouco.
É obtido, em geral, na segunda prensagem, tem entre 0,8% e 1,5% de acidez. Também é de boa qualidade, mas, na comparação com o extravirgem, perde um pouco em aroma, pois tem parâmetros químicos e sensoriais diferentes. Pode ser utilizado da mesma forma: diretamente no prato ao servir.
Mais barato e popular entre os brasileiros, sua acidez varia de 1,5% a 3%. É uma mistura do azeite refinado (que precisa ser purificado artificialmente para tirar o excesso de acidez) com doses de azeite virgem ou extravirgem.
Essa adição serve para recuperar parte da cor, do sabor e do cheiro perdidos no processo de refino. Não tem muito valor nutritivo em relação aos demais tipos de azeite e é bastante usado para frituras, grelhados, assados e refogados.
Dicas para ajudar na escolha do melhor azeite
São tantos os fatores a considerar que muita gente fica confusa na hora da compra.
Fique atento a algumas informações importantes que vão ajudar você a fazer uma escolha consciente:
– Luz: ela acelera a deterioração do azeite. Prefira embalagens em vidro escuro, em vez de transparente.
– Datas: fique atento à safra e à validade. Quanto mais novo o azeite, melhor.
– Preço: como já dissemos, nem sempre o azeite mais caro é o de melhor qualidade. Se não seguir parâmetros adequados para transportar e armazenar ou estiver próximo da validade, são grandes as chances de o aroma e o sabor não serem mais os mesmos. Por outro lado, sempre desconfie de azeites excessivamente baratos, pois há risco de terem sido fraudados.
– Produzido X Engarrafado: nos azeites importados, observe qual dos dois termos aparece no rótulo. Prefira os que dizem “produzidos”, pois são feitos e embalados no mesmo local. Os apenas “engarrafados” podem não ter a mesma garantia de procedência.
– Pesquise: tente não comprar por impulso. Antes, procure na internet informações específicas sobre o azeite do seu interesse, para conhecer suas características.
– Aroma e sabor: uma ótima maneira de identificar um bom azeite é aprendendo a reconhecer aromas e sabores positivos ou negativos.
Entre os atributos considerados desejáveis para o paladar de um azeite, estão o de banana, erva molhada, nozes, chá verde, amanteigado.
Por outro lado, são consideradas características indesejáveis o paladar metálico, avinagrado ou queimado.